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sexta-feira, 18 de maio de 2018

Manual do Protesto do Joãozinho versão 2018

Por Almir Quites



Atenção: só para quem não confia na apuração secreta! Se você não acredita, então tem o dever de não votar. Não seja conivente!

LEIA SOBRE COMO FAZER O PROTESTO DO JOÃOZINHO


Nota: 
Se cerca de 5% dos eleitores fizessem este tipo de protesto, causariam um reboliço nacional. Despertariam a consciência nacional para esta causa!

SIGA OS 7 PASSOS SEGUINTES:

a) Primeiro passo: para Deputado Federal

Digite os quatro números do candidato, veja a foto dele e, depois, confira o seu voto. Aliás, o seu voto você não pode conferir, porque não existe! O voto é virtual, não existe na realidade. Já que não há como conferir o voto, então, seja o que Deus quiser! Aperte o sinistro botão CONFIRMA



b) Segundo passo: para Deputado Estadual ou distrital

Digite os cinco números do candidato, olhe a foto dele e, depois, como não dá para conferir voto, então, seja o que Deus quiser! Aperte o lúgubre botão CONFIRMA.


c) Terceiro passo: para Senador (
primeira vaga)

Digite os três números do candidato, olhe a foto dele e, depois, como não dá para conferir voto, então, aperte o maquiavélico botão CONFIRMA. Seja lá o que aconteça!


d) Quarto passo: para Senador (segunda vaga)

Digite os três números do candidato, olhe a foto dele e, depois, bem, aperte o ardiloso botão CONFIRMA


e) Quinto passo: para Governador

Digite os dois números do candidato, olhe a foto dele e, depois, aperte o botão CONFIRMA


f) Sexto passo: para Presidente

Digite os dois números do candidato, olhe a foto dele e saia da cabine eleitoral sem apertar o botão CONFIRMA!


g) Sétimo passo: ouça o Mesário

O mesário vai lhe dizer que você não completou a votação. Você responde que sim! Ele lhe dirá que você não apertou o botão CONFIRMA. Ué! A cabine não é indevassável? Pois não é! Tem um cabo que comunica ao mesário o que você faz. Bem, então você diz que não acredita na urna eletrônica e que não quer anular seu próprio voto e nem votar em branco porque você não é indiferente à política do seu país. Pronto! Você fez o protesto do Joãozinho. Agora você pode se retirar ou ficar ali por perto apreciando o que vai acontecer.

Pois bem, o mesário vai ficar um pouco atrapalhado e vai pedir que você volte e aperte o sinistro botão 
CONFIRMA. Você simplesmente não atende ao pedido dele. Então, para poder continuar com a votação, ele vai ter que anular todos o seus votos virtuais! Todos, até aqueles que você confirmou ou, votar por você , atribuir seu último voto (aquele que você não confirmou) a algum candidato, ou votar em branco ou anulá-lo.

Você pode, se quiser, provocar o mesário e dizer: "cuidado, se você atribuir um voto meu para Presidente você estará cometendo a FRAUDE DO MESÁRIO. Também é crime anular os voto que eu confirmei!" Coitado do mesário! Não saberá o que fazer. Ele terá que anular os seus votos ou votar por você e, seja como for, praticar um crime! 

Você poderá confirmar isto no boletim de urna. Se o número de votantes para Presidente e para Governador for o mesmo, então o seu voto para Governador foi anulado ou votaram por você para presidente.

Você, então, poderia processar o mesário? Sim, poderia! Em qualquer caso, ele praticou um crime, mas eu o aconselho a não a processá-lo, porque quem julgaria o processo seria o próprio TSE, isto é, o próprio réu, afinal, foi o TSE quem obrigou o mesário a praticar o crime. Este não teve alternativa. 

Já que o próprio réu iria julgar a si mesmo, ele se absolveria e ainda poderia abusivamente condenar você por litigância de má fé.

Só mesmo num país desorganizado e em total bagunça jurídica isto pode acontecer, não é mesmo? Contente-se em fazer o mesário ter que cometer um crime eleitoral. Ele vai sair dali mais conscientizado do triste papel a que teve que se submeter. As pessoas ali ao lado, que presenciarem os fatos, também passarão por um processo saudável de aprendizado.

Talvez, quem sabe, o pessoal do TSE também compreenda que não deve desrespeitar a Constitução Federal impingindo aos eleitores um processo inauditável, sem transparência e, portanto, inconstitucional. 

Para entender melhor,tudo isso, leia aqui:

http://almirquites.blogspot.com.br/2018/04/sistema-eleitoral-trapaceiro.html



𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
Almir Quites
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