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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Brasil, em se mentindo, tudo pega

Almir M. Quites


A campanha pela conquista do enorme deficit de um país falido

Enquanto o Brasil cai num precipício profundo, o povo brada entusiasmado: GOOOOOL !

Os brasileiros sofrem um processo de alienação e de idiotização. As redes sociais estão inundadas de notícias falsas ("fake news" em texto, fotos e vídeos), as quais os tolos repassam freneticamente. Por meio delas, criam-se ídolos e se disseminam ideologias. Vendem-se gatos por lebres. 

No Brasil é notória a supervalorização da mediocridade. Aqui, a futilidade e o irracional são enaltecidos. Uma ilusão vale mais que mil verdades. Um povo assim é vítima fácil do populismo!

Também divulgam, pelas redes, as tais "pesquisas de intenção de voto". Estas pesquisas, encomendadas por alto preço, baseiam-se na credulidade, não na credibilidade. As agências de pesquisa são sempre as mesmas e atuam num país em que até parlamentar, eleito para representar o povo, vende votos ao poder executivo, o qual os compra com recursos públicos. Um absurdo! Neste ambiente, estas pesquisas só podem servir para manipular a opinião pública, condicionando o povo a pensar, por exemplo, que a única alternativa ao Lula seria o Bolsonaro. Dois populistas muito antigos! Lula atua na política nacional há 38 anos e Bolsonaro é parlamentar há 28 anos! 

Querem que o povo imagine que "voto útil" é votar num deles, não em outro! 

Chega, não é? O que queremos é uma completa renovação na política. Mas cuidado, vocês, eleitores, ainda acreditam na farsa eleitoral brasileira; vocês já acreditaram em Lula, Dilma &Temer etc. Lula foi idolatrado quase como Getúlio Vargas e a consequência foi um prejuízo incomensurável! 

Outros mitos estão sendo preparados pelas mídias sociais. Jair Messias Bolsonaro (PSC) é apenas um deles. Outros surgirão, como se fossem renovações autênticas, como Marina Silva, João Dória, Luciano Huck etc.  Você vai "cair como um patinho" de novo? 

Quando vamos entender que o presidente da república precisa ser uma pessoa culta, inteligente, respeitável e, preferencialmente, internacionalmente reconhecida. Quando vamos ter políticos capazes de entender que a eficácia das instituições são mais importantes que os planos econômicos? Vamos entregar o governo do Brasil a qualquer um, como temos feito, levados por marqueteiros irresponsáveis?  

"Desventurado o povo que precisa de heróis", escreveu Galileu Galilei  na peça homônima de Bertolt Brecht ("Leben des Galileu", original alemão de 1937). Desventurado é o país que põe fé em ídolos salvacionistas, falsos salvadores da pátria, em messias (aliás, o segundo nome do Jair) que prometem resolver todos os problemas da noite para o dia, com "a imposição da lei e da ordem”, ou seja, o personalismo acima das instituições nacionais.

A força do “marqueting” político vem justamente da exploração das fraquezas humanas sendo que a principal delas é a credulidade na busca de um pai protetor. O povo é infantil. O povo brasileiro, há séculos,  tem confiado seu futuro a heróis de papel, a populistas, atores de uma grande farsa.

Até parece que vejo e ouço mafiosos-mores cochichando de ouvido a ouvido: ' — Precisamos pôr um ídolo popular no mais alto cargo da nação para que possamos livremente nos locupletar'.

Neste ambiente nocivo, o povo se deseduca. Nem mesmo as universidades escapam da deterioração promovida pelas hordas de fanáticos que as invadem.

A educação é justamente o desenvolvimento do pensamento racional e livre de fobias, preconceitos, ideologias, doutrinas e fanatismos. A educação é a primeira vítima de maus governos, especialmente das ditaduras. O militarismo doutrina e adestra, não educa! 

O Brasil, infelizmente, já nem reconhece a educação como um processo de libertação para uma evolução sadia.

Para ler mais sobre populismo, leia aqui:
POPULISMO SELVAGEM
http://almirquites.blogspot.com.br/2015/10/populismo-selvagem.html

A FALSIDADE (a prática da mentira, da calúnia, da hipocrisia e do fingimento para enganar o próximo ou grupo adversário) é a marca da política brasileira. Os políticos se organizam criminosamente com ladrões para roubar, "lavar" recursos públicos e para, junto com falsários, entupir as redes de comunicação do país com estórias apelativas e outras artimanhas, as quais até pessoas aparentemente esclarecidas retransmitem tolamente. 

A FALSIDADE (jogo sujo) se intensificou, com a entrada do Partido dos Trabalhadores (PT) no campo político, em 1980. A maré de embustes se agigantou e, pouco a pouco, inundou a mídia, o Congresso e Assembleias Legislativas, os partidos políticos, o governo, o judiciário, o funcionalismo público, as forças armadas, as polícias, as universidades, as escolas, as igrejas etc. A maré de falsidade e desonestidade subiu tanto que poucas instituições ainda mantêm a cabeça fora do lamaçal da corrupção. 

No início, os ardilosos políticos do Partido dos Trabalhadores (PT) e seus seguidores juravam que combatiam a ditadura para reimplantar a democracia. Era mentira! O que de fato queriam era substituir a ditadura implantada em 1964 por uma ditadura deles, uma ditadura comunista. Uma década depois da fundação do Partido dos Trabalhadores, as noticias falsas visavam encobrir e afogar o burburinho nacional sobre desvios milionários de recursos públicos, principalmente de prefeituras paulistas para o Caixa Dois do PT. Ex-petistas de carteirinha confirmaram que sabiam da existência da corrupção. Um deles, Paulo de Tarso Venceslau, expulso do PT em 1998, escreveu uma carta famosa [Veja a carta, na íntegra, abaixo] à direção do PT denunciando Aloizio Mercadante (Ministro da Educação, Ministro-chefe da Casa Civil Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil no governo de Dilma Rousseff), José Eduardo Cardozo (Advogado-Geral da União do Brasil e Ministro da Justiça no governo de Dilma Rousseff), José Dirceu (Ministro-chefe da Casa Civil do Brasil do governo Lula, hoje condenado e preso pela Operação Lava-Jato), Gilberto Carvalho (Ministro-chefe da Secretária-Geral da Presidência no governo Dilma), Paulo Tarciso Okamotoentre outros.

Desde então, a criação e distribuição de notícias falsas com o propósito de promover políticos, desacreditar adversários ou de dissimular atos ou intenções reprováveis continuou crescendo e se aperfeiçoou, tanto na eficácia de persuasão quanto em na tecnologia. 

Atualmente há, no mundo, uma crescente hipertrofia informacional provocada pela avalanche de mensagens emitidas pelas novas tecnologias eletrônicas da informação e da comunicação (TICs). Relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT), órgão das Nações Unidas (ONU), mostra que existem hoje 2,3 bilhões de internautas no mundo, o que equivale a mais de 1/3 da população mundial. O número de internautas brasileiros ultrapassou 100 milhões, em 2015, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). 

Neste século, com a massificação das redes sociais, a disseminação de notícias falsas cresceu tanto que a população brasileira, menos apta para lidar com a desinformação, delira. Estima-se que mais de 80% dos brasileiros se informam unicamente pelas redes sociais. Destes, mais de 50% admitem já ter compartilhado notícias falsas e só 20% declaram checar as notícias antes de difundi-las. Desconfio que a percentagem declarada super estima o dado real.

Os políticos se locupletam, o crime organizado toma conta do país e o povo inocente, cada vez mais sonso,  empobrece, enfraquece, adoece e morre sem assistência! 

Quanta mentira tem sido pregada aos brasileiros! Querem alguns exemplos? Vejam este vídeo⬇.


Brasil, em se mentindo, tudo pega!
"Lulinha  Paz e Amor"

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Ainda hoje, prezado leitor, mais mentiras estão se alojando em sua cabeça, a menos que você já tenha aprendido a se proteger delas! 

Encare a realidade! Veja aqui a desonesta política brasileira acontecendo hoje! Os rapazes do "O Antagonista" parecem estar pondo fé em Bolsonaro. Pena! Será mais fanatismo e mais desiluzão!

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Aqui está a famosa...

CARTA DE PAULO DE TARSO


São Paulo, 23 de março de 1995

AO PRESIDENTE NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Companheiro Lula,

Há muitos meses que eu pretendia falar ou ao menos me comunicar com você, pessoalmente, para que não pairasse qualquer mal-entendido. Só não o fiz antes por causa da campanha eleitoral. Creio que agora que você reassumiu a presidência do PT poderemos esclarecer o que ocorreu, em 1993, na administração petista de São José dos Campos. Esclarecer com o companheiro Lula não mais como candidato, mas como liderança máxima do PT, um partido que veio para mudar a História desse país.

Serei objetivo para que, se houver interesse de sua parte e da direção do PT, possamos aprofundar o assunto no momento e no local mais convenientes.

Tive a (in)felicidade de, como secretário da Fazenda de São José dos Campos, descobrir uma série de irregularidades do governo anterior, que envolviam políticos comprometidos com o PTB, PMDB e com o famigerado PRN. Uma dessas irregularidades envolvia uma empresa bastante conhecida das administrações petistas: a CPEM - Consultoria Para Empresas e Municípios.

Essa empresa era representada por pessoas ligadas à direção do PT, como os irmãos Roberto e Dirceu Teixeira. Outras vezes, era apresentada até pelos prefeitos em exercício, como no caso de Campinas, em 1990, em que o prefeito era o então petista Jacó Bittar, como uma empresa de gente amiga e que poderia ajudar nosso Partido. Essa história é longa e nós, eu e você, tivemos oportunidade de conversar sobre o assunto, na primeira sede do governo paralelo. Aliás, foi o próprio Jacó Bittar quem me trouxe, pessoalmente, como militante petista e secretário das Finanças de Campinas para essa conversa com você.

Soube, posteriormente, que o mesmo se sucedera em outras administrações petistas, como no caso de Santo André, Diadema, Santos e Piracicaba, pelo menos. Eu me lembro muito bem que foi difícil convencê-los, no caso de Campinas você e o Jacó, que não era conveniente contratar uma empresa, sem licitação, para desenvolver um trabalho que as equipes internas das prefeituras tinham condições para executar.

Em 1993, fui convidado e assumi o comando da Secretaria da Fazenda, indicado, segundo o pessoal de São José dos Campos, pelos então deputados federais Aloízio Mercadante e José Dirceu. Com certeza, nunca solicitei nada a esses dois companheiros. Minhas ações sempre foram norteadas por princípios adquiridos ao longo de minha vida e dos quais não abro mão. Afinal, são valores que custaram muita luta, prisão, tortura, morte e exílio para centenas de companheiros e amigos.

Logo no início do governo petista em São José dos Campos, verifiquei que a CPEM era uma das maiores credoras da Prefeitura: já havia recebido mais de US$ 10 milhões e teria, ainda, um crédito superior a US$ 5 milhões, cujo pagamento jamais autorizei, apesar das pressões recebidas. Em pouco tempo, levantei as irregularidades que marcavam o contrato com essa empresa, favorecendo o que havia de mais podre no cenário político do Vale do Paraíba. Fiz questão de alertar a direção do PT e, em particular, Paulo Okamoto. Aproveitei uma reunião de secretários das Finanças, em Ribeirão Preto, no dia 23 de abril de 1993, para alertar os demais companheiros sobre o risco que poderiam correr caso contratassem aquela empresa. Acabei sendo admoestado pelo próprio Paulo Okamoto por ter falado demais em uma reunião que havia pessoas de outros partidos. Nesse dia, entreguei, para o Partido, o início de um dossiê sobre a CPEM contendo o parecer da comissão de sindicância que instalara para apurar as irregularidades daquele contrato.

A história é longa, como bem sabe, até por força de nossos encontros e conversas. Cheguei a sofrer ameaças como o cerco promovido por três homens, que estavam em um Gol branco, chapa DQ 4609, posteriormente constatou-se que se tratava de uma chapa fria, contra o carro oficial da Prefeitura, dirigido por um motorista de carreira.

Apesar de tudo, entre outros sucessos, durante os nove meses que permaneci no comando das finanças públicas de São José dos Campos, consegui, a custo zero e sem aumento de impostos, os melhores financeiros da história daquele município. O orçamento histórico de cerca de US$ 100 milhões aproximou-se de US$ 250 milhões em 1994. Consegui provar, inclusive na Justiça, que a CPEM era inidônea - foi condenada a devolver US$ 10,5 milhões para os cofres municipais.

O prêmio foi minha exoneração na noite de 13 de setembro, coincidentemente no mesmo dia em que encaminhei, pela manhã, formalmente, à Prefeitura e ao secretário de Assuntos Jurídicos, o resultado da auditoria externa que havia contratado e, ao mesmo tempo, solicitava uma série de medidas contra a referida empresa, junto ao Tribunal de Contas do Estado, Secretaria da Fazenda e à própria Justiça.

Pego de surpresa, cobrei da prefeita o motivo do meu afastamento, uma vez que eu era titular da secretaria que apresentava os melhores resultados práticos. Entre soluços constrangedores, a Prefeita me informou que Paulo Okamoto, representando a direção nacional, e Paulo Frateschi, pela direção estadual, "tinham pedido minha cabeça".

Esses dois tristes personagens sempre negaram o que a Prefeita me afirmara.

Posteriormente, os companheiros Aloízio Mercadante e Gilberto de Carvalho, segundo eles, entraram com uma representação junto à Executiva Nacional. Passado mais de um ano e sem qualquer resposta de quem quer que seja, não vejo outra alternativa a não ser essa: enviar uma carta, devidamente registrada no Cartório de Títulos e Documentos, solicitando do Partido dos Trabalhadores, oficialmente, informações sobre a dita representação e, ao mesmo tempo, que a Executiva Nacional se manifeste a respeito. Temos que impedir que o nosso querido Partido perca seu patrimônio mais importante: a credibilidade crescente junto à população e a confiança de que não seremos condescendentes com dilapidadores de recursos públicos. O PT não pode ser colocado na vala comum dos partidos tradicionais e políticos demagogos descritos pela máxima "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

Entenda, companheiro Lula, essa minha carta como um esforço para se evitar que o silêncio, diante de tudo o que aconteceu, possa parecer como uma tentativa de acobertamento das atividades de uma empresa como a CPEM. Atividades que envolveram recursos públicos da ordem de milhões de dólares, financiamento de campanhas eleitorais de partidos e candidatos de direita, contratos condenados pela Justiça, e, no meio disso tudo, militantes do Partido dos Trabalhadores. Terminar em pizza seria um fato muito grave para o nosso Partido e para milhões de brasileiros que depositam sua confiança na sua história construída ao longo de muito sofrimento e luta.

Deixo aqui, pois, formalizados esses dois pedidos e me coloco à disposição do Partido para apresentar todos os documentos que estão em meu poder e prestar todos os depoimentos que se fizerem necessários para se apurar, até as últimas conseqüências, as responsabilidades sobre fatos que hoje desabonam e desacreditam nosso Partido em todo o meu querido Vale do Paraíba.

Informo, também, que estarei enviando cópias dessa carta para as nossas principais lideranças e instâncias partidárias porque acredito que "a verdade é revolucionária" e que a democracia e a transparência fazem parte do ideário petista.
SAUDAÇÕES PETISTAS

PAULO DE TARSO VENCESLAU
RG 3.563.157 SSP/SP
Militante e ex-presidente do DZ Pinheiros
Ex-membro do Diretório Municipal de São Paulo
Membro do Conselho de Redação de Teoria e Debate


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      Almir Quites


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