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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Não esqueçam da apuração eleitoral eletrônica!

Almir Quites - 13/06/2016

A situação brasileira é muito séria. Há muitos assuntos a discutir  de modo responsável e dedicado, para que se possa transformar o caos em uma possibilidade de evolução, mas não esqueçam do processo eleitoral brasileiro, especialmente do sistema eletrônico de apuração eleitoral. 

Este não é assunto para brincadeiras. É muito sério. Todo um povo está sendo iludido por não entender nada do assunto. As eleições brasileiras são inconstitucionais por ferirem o princípio da transparência do ato público.

Você vê a foto do seu candidato na tela da urna e aperta o fatídico botão CONFIRMA. Depois disso, sabe-se lá o que acontece! Ninguém pode conferir a contagem! A apuração é secreta! Impossível de ser conferida pelos eleitores!

O texto abaixo, de Percival Puggina, é muito bom. Prima pela clareza, simplicidade e fluência. Reproduzo o texto dele e, depois, para que os eleitores possam se aprofundar no tema, indico dois artigos para complementar o assunto. 

Fique agora com Puggina. Aprecie o texto!
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FAZER O DIABO 

ANTES,  DURANTE  E  DEPOIS  DA  ELEIÇÃO

http://www.puggina.org/artigo/puggina/fazer-o-diabo-antes-durante-e-depois-da-eleic/3486

Percival Puggina - 01.10.2015


Percival Puggina


Há muitos anos o TSE vem tratando com desdém todas as manifestações de desconfiança em relação às urnas eletrônicas. 

Verdade seja dita: Dias Toffoli não foi o primeiro a adotar essa atitude. Ela se prolonga no tempo e é mais uma evidência de que boa parte dos membros dos poderes de Estado simplesmente está se lixando. A brisa é suave, o uísque é bom, a vida sorri. E o resto que se dane. Atrás desses muros é que vivem.

Eleitores bem informados não confiam no sistema de votação. Suas vulnerabilidades já foram apontadas por diversos peritos. Nenhum outro país adota esse tipo de urna. Mas os doutos ministros do TSE empinam o nariz com ar de enfado quando o assunto lhes é apresentado. Convenhamos, isso tem nome na lista das infrações aos deveres do cargo.

A eleição da presidente Dilma deu-se em circunstâncias misteriosas. Os votos foram contados como naquelas mágicas em que o prestidigitador medíocre, para facilitar a vida, encobre com um pano preto o trabalho de suas mãos. A inconfiabilidade das urnas e a sigilosa contagem ajudaram – e muito! – a criar severas incertezas sobre a correção do pleito.

Absolutamente natural, portanto, que o Congresso Nacional, ao deliberar sobre alguns itens de reforma política, incluísse preceito para que as urnas passem a imprimir os votos, permitindo que os eleitores, sem contato físico, os confiram e confirmem antes de a máquina depositá-los em urna onde permanecerão para eventual verificação manual.

Pois não é que a presidente Dilma vetou a iniciativa? Um impressionante veto ao voto impresso! Logo ela, cuja eleição se deu rodeada por uma ciranda de suspeitas; logo ela, que quebrou o país para se eleger; logo ela dos gastos sigilosos e milionários com cartões corporativos; logo ela, das comitivas nababescas e dos hotéis suntuosos; logo ela resolveu implicar com o custo envolvido em algo tão indispensável à credibilidade dos mandatos presidenciais quanto a mudança das urnas eletrônicas. 

Se o Congresso acolher o veto, a próxima eleição estará sujeita ao mesmo descrédito a que foi conduzido seu próprio mandato. O nome disso é fazer o diabo antes, durante e depois da eleição.

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* Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.

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Para entender melhor a gravidade da situação do eleitor brasileiro, leia aqui:

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