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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

OS ERROS E OS CULPADOS

por Almir Quites
11/agosto de 2015

QUEM SÃO OS CULPADOS ? 

VAMOS REPETIR OS MESMO ERROS ?



Estamos atolados num "mar de lama" há mais de 10 anos! Estamos diante do mais escabroso caso de má gestão & corrupção da história da República brasileira e, talvez, do mundo.

Quais foram os erros? Quem são os culpados?


É preciso entender bem o que aconteceu, para que não cometamos os mesmos erros no futuro. Sobre isso indico a leitura deste artigo: 
MEA CULPA, MEA MAXIMA CULPA (expressão latina)
http://almirquites.blogspot.com.br/2015/08/mea-culpa-mea-maxima-culpa.html

Também é fundamental não cometer hoje o mesmo erro já cometido no passado, como na época da comprovação da compra de votos no Congresso (Mensalão), quando deixou-se aplicar o impeachment no presidente, mesmo sabendo que a quadrilha estava no centro do poder executivo.

Quando não se aplica corretamante a Constituição Federal, independentemente dos interesses de grupos ou partidos políticos, a Constituição Federal definha.

Se hoje, mesmo depois de tamanha corrupção, associada à má gestão de Dilma Rousseff, deixarmos de aplicar o impeachment, então teremos assassinado a Constituição.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) tem prestado um brutal desserviço ao Brasil por se colocar, desde 2005, contra a aplicação do impeachment constitucional. Numa palestra promovida pela Goldman Sachs, dia 18 de março de 2015, no hotel Unique, em São Paulo, FHC reafirmou sua posição contrária ao impeachment de Dilma e explicou o motivo: - "O impeachment é como a bomba atômica, não serve para usar, só para intimidar". Ainda sublinhou que "se a situação de Dilma piorar muito (o que ele avalia que acontecerá) chegará um momento em que os 'cardeais' do país deverão se reunir para costurar uma saída para este governo". [fonte: Lauro Jardim, Radar on-line, 20/03/2015].

Em 2005, a decisão de FHC de se colocar contra o impeachment constitucional enfraqueceu a Constituição. Agora poderá matá-la. Não cabe rediscutir a conveniência dos artigos da Constituição, porque é dever do cidadão cumpri-la. Portanto, não se trata de ato de vontade. A infeliz postura de FHC mais evidente quando ele expressa que caberá a "iluminados", como ele, "costurar uma saída para este governo". Foi como se repetisse: "L'État c'est moi"! (em português: O Estado sou eu).

Em 2005, o PSDB salvou o PT, mas condenou o Brasil.

Vamos recordar o que aconteceu em 2005, há 10 anos atrás.

Vários escândalos já haviam ocorrido no Governo Lula, como, por exemplo, o Caso Pinheiro Landim, o Caso Celso Daniel, Caso Toninho do PT, o Escândalo dos Grampos Contra Políticos da Bahia, o Escândalo do Propinoduto (também conhecido como Caso Rodrigo Silveirinha) e o Caso da CPI do Banestado.

Em 11 de agosto de 2005, o publicitário Duda Mendonça confessava em público, na CPI dos Correios, que havia recebido dinheiro no exterior para a campanha de Lula em 2002. Segundo o próprio Duda, que até chorou no depoimento, R$ 15 milhões tinham sido pagos por Marcos Valério numa "offshore", nas Bahamas. Ele também disse ter feito, no mesmo ano, a campanha de José Genoino (ao governo de São Paulo), de Aloizio Mercadante (para senador) e Benedita da Silva (para o governo do Rio). Assim, também a legalidade destes mandatos estavam colocados em questão. O presidente do PT era José Dirceu.

Neste dia, abalados, 21 membros do PT se desligaram do partido, 10 deles aos prantos, como o deputado Chico Alencar.

No mesmo dia, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto disse: "O governo Lula acabou oficialmente hoje". Ele estava enganado. A Constituição seria golpeada pelos "cardeais" da política. O líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), pensava diferente. Ainda no mesmo dia, ele declarou: "não tenho dúvida de que um processo de impeachment dividiria profundamente a sociedade brasileira, com conseqüências terríveis." Mas não explicou quais seriam estas terríveis consequências!

Os brasileiros pensaram que Lula e o PT estavam politicamente acabados, mas o PSDB entendeu que deveriam deixar que "sangrassem" até o final do mandato, quando perderiam as eleições. Assim, o Brasil não passaria pelo "trauma" do impeachment. Os argumentos paliativos começaram então a ganhar as ruas: "o PT não inventou a corrupção", "são todos iguais", "caixa 2 é normal", "impeachment é golpe" etc...

Dez anos se passaram... O que aconteceu?

QUEM SANGROU E CONTINUA SANGRANDO ATÉ HOJE FOI O BRASIL!  FORAM OS BRASILEIROS!

Lula não foi sequer investigado, ganhou a eleição novamente um ano depois, elegeu a sucessora em 2010 e a reelegeu em 2014. Depois vieram escândalos ainda maiores que o Mensalão. O esquema criminoso de poder que forjou o Mensalão é exatamente o mesmo do Petrolão, dos Fundos de Pensão, do Eletrolão, do BNDESão, do Caixão Econômico Federal e de todos os demais. É o esquema montado por Lula e José Dirceu, continuado pela presidente Dilma. Trata-se simplesmente de um projeto criminoso de poder.

Vamos repetir hoje o mesmo erro de 2005? Vamos deixar que "caciques políticos" decidam se vamos ou não vamos cumprir a Constituição Federal?

Vá às ruas clamar pelo impeachment, senão daqui a 10 anos estaremos ainda atolados nas lamentações. "Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".

Hoje os petistas acusam os que pedem o impeachment de GOLPISTAS, no entanto o impeachment é uma solução constitucional. 
O impeachment de Collor, por exemplo, foi necessário e salvou o Brasil de uma gravíssima crise. Veja aqui:

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Ver também aqui:

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