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domingo, 24 de maio de 2015

O PATENTE ESTELIONATO ELEITORAL


por José J. de Espíndola

O corte orçamentário de R$ 69 bilhões, anunciado nesta sexta (22/05/2015) é apenas parte do arrocho que Dilma, a Falsa, ameaçou, durante a campanha eleitoral, que só aconteceria, junto com outras maldades, se Aécio fosse eleito. 

O estelionato eleitoral é patente e gritante!



Estelionato eleitoral, minha gente, embora não seja capitulado como crime no Código Penal, é, nos países sérios, motivo de sobra para o impeachment. Não há estelionato eleitoral sem mentira ao eleitor. E mentir ao eleitor (quer dizer à Nação) é falta punível com impeachment, sim. Foi por mentir à Nação, dizendo, à moda Lula, que nada sabia sobre a espionagem no edifício Watergate, que Nixon foi levado às portas do impeachment, renunciando no último momento. Foi por não ter mentido à Nação, no affair Monica Lewinsky, que Bill Clinton foi poupado do impeachment. O parecer do advogado Miguel Reale Júnior, concluindo que não há crime de responsabilidade à vista para o impeachment de Dilma, é uma cortina de fumaça para que os tucanos possam voar tranquilos por trás dela, sem serem alvejados (assim eles esperam) por eleitores de Aécio decepcionados. Impeachment, até os petistas sabem, não é, necessariamente, punição por crime. Falta de ética, terrorismo eleitoral e mentir à Nação são as causas maiores para impeachment.

O problema do PSDB, na questão do impeachment é, e sempre foi, a covardia de FHC em questões do gênero. FHC, sem embargo do seu imenso valor pela condução da macroeconomia, sempre foi, em algumas questões, aquilo que tantas vezes já denunciei: a encarnação do personagem da piada que apanha na rua dos fortes e vinga-se batendo pesado na mulher, dentro de casa. Foi assim na greve dos petroleiros, no início do seu primeiro mandato. Foi assim no caso do SIVAM, quando chegou ao cúmulo da sabujice, ao telefonar a Clinton para informar que havia, naquele instante, dado à Raytheon o projeto que o Brasil tinha tecnologia para tocar e desenvolver. (Tanto este affair é vergonhoso que FHC o desmentiu reiteradamente, só vindo a confessar a subserviência quando uma revista brasileira levantou as provas nos Estados Unidos). Quis, como ficou claro, à época, agradar o imperador.

FHC já fora contra o impeachment de Collor em 1992. É emblemática sua frase, proferida na época, em que afirma “que impeachment é como bomba atômica: existe para não ser usada.” Assim não dá, assim não é possível, como ele costuma falar.

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