quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Meu aniversário n° 77

Por Almir M. Quites


OBA!!!

Cheguei aos 77! 

Nasci no verão de 1942, no décimo dia daquele ano.



Se 22 são dois patinhos na logoa...

São setenta e sete anos,
como duas girafinhas
que desfrutam da lagoa
das muitas memórias minhas.


Minha mãe, quando ainda era bem jovem e eu um menininho em idade pré-escolar, acreditava em "numerologia", a pseudo ciência que inventa relações místicas entre números e a vida das pessoas. Ela ficou feliz quando soube que o número da casa em que íamos morar era 2077 (à rua Cel. Aparício Borges, em Porto Alegre). Sete era o número da sorte e dois setes juntos era algo muito especial!


Nunca acreditei em numerologia, mas 77 é um número muito especial. Não é um número primo, mas é primo, primoroso, porque é bi-primo, um inteiro bem especial, porque resulta de um produto de dois números primos gaussianos: 7 e 11! Além disso, é a soma dos oito primeiros números primos (2 + 3 + 5 + 7 + 11 + 13 + 17 + 19) e também é a soma de três quadrados consecutivos, 42 + 52 + 62. Viu? É mesmo muito especial!

Mesmo assim, isto nada significa de especial para a minha vida! O que é especial não se circunscreve a números. Por exemplo, meu pai e minha mãe eram especiais. Minha mãe, apesar de sua crença infundada em numerologia, que meu pai achava muito engraçado, possuía inúmeros talentos, que a tornavam especialíssima. Sobre isso, você, leitor ou leitora, pode ler mais, abaixo. Aqui: clique ➠ Uma mãe talentosa

Hoje é um dia especial, porque é o meu aniversário e meus amigos me enviam mensagens de congratulações. Desejam a mim, e eu retribuo a eles os mesmos desejos: que, a cada aniversário, sintamos algo muito especial, uma vontade de viver, uma alegria sadia, uma satisfação por estar completando mais um ano de vida, com quase todos os sonhos realizados e principalmente com muita saúde!

Desejo a todos nós que, fazer aniversário seja a renovação da esperança de dias melhores junto com os familiares e os amigos. É o que desejo especialmente aos vovôs e vovós.  

Muito obrigado a vocês que hoje me parabenizam!


Confesso que estou feliz comigo mesmo! Vejam uma adaptação para este ano de um poema que escrevi em 10/01/1916. Este poema, que expressa minha satisfação comigo mesmo, foi adaptado para a data de hoje.

VIVENDO E APRENDENDO

Há setenta e sete anos
eu estou me recriando, 
superando desenganos,
a mim próprio educando.

E convivo o tempo inteiro
com tudo que me renove.
Eis que é dez de janeiro
de dois mil e dezenove!

Hoje é meu aniversário.
Vou rever minhas histórias,
pois meu corpo é um relicário
carregado de memórias.

Os setenta e sete anos parecem muito tempo, mas não a mim! É como a idade da Terra. Nosso planeta tem 4,5 bilhões de anos, mas parecem apenas uns 4 mil. Só destes últimos há memórias arqueológicas, exceto por alguns casos excepcionais. Eu também tenho estas excepcionalidades, como algumas memórias confirmadas que tenho de quando eu tinha apenas dois anos de idade.

Ao longo destes 77 anos, sempre tentei antecipar o futuro, como se minha marcha fosse em linha reta, mas fiz numerosas pequenas curvas para outras direções, para a esquerda, para a direita, para cima, para baixo e até pequenos recuos. Desta forma, fui me educando, evoluindo, segundo os princípios de decência, assimilados de meus pais.

Assim fui feliz! É o que concluo reexaminando minhas vivências. Já expressei isso em outros momentos, como há 17 anos atrás, quando compus o seguinte poema, que depois musiquei: 
 ➥ ENVELHECER:
http://almirquites.blogspot.com.br/2014/03/envelhecer.html

Meu pensamento atual continua exatamente como o poema expõe.

Para um entendimento mais completo de minha "filosofia de vida", vocês podem ler o texto que escrevi exatamente há 4 anos atrás:

Vocês me conhecem. Os amigos de verdade se conhecem. Se em algum momento, de tudo que escrevi sobre mim mesmo, algo discrepar de meu real comportamento, então, por favor, avisem-me logo. Preciso saber! Não quero ser vítima de auto engano, mesmo que o desengano seja um tanto doloroso! Não quero perder a perspectiva que me conecta de fato aos amigos e que rege nossa convivência social.

Muito obrigado pelas mensagens que vocês me enviaram, neste meu 77° aniversário!

Almir

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10 de janeiro de 1942

No dia em que nasci,  mundo estava imerso na Segunda Guerra Mundial. A Alemanha começava a sofrer na frente russa, onde grande quantidade de aviões, tanques, caminhões e todo o tipo de material bélico, construídos nos Montes Urais, continuamente chegava à frente de batalha. Os alemães não podiam mais abastecer suas linhas de defesa na mesma intensidade. 

A Alemanha começava a perder a guerra!

Com o esforço de guerra, no Brasil faltava de tudo, até a simples manteiga.
Na infância, quando a manteiga voltou a ser amplamente consumida, eu já gostava tanto da manteiga rançosa que custei a aceitar o paladar da manteiga fresquinha. 

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Escrevi acima que, apesar da crença infundada em numerologia, minha mãe, Mary, possuía inúmeros talentos que a tornavam muito especial. Ela escrevia poemas desde tenra idade, era dançarina, tocava violino, cantava muito bem, era atriz (artes cênicas) e desenhava. Fiquei surpreso ao saber que só agora minhas filhas souberam que minha mãe também desenhava. Ah, ia esquecendo: ela era professora de História.

Ela desenhava muito bem! Ainda antes de eu nascer, ela fez um desenho a lápis-grafite preto, no qual se via um velho, bem velho e pobre, sentado num banquinho, com um boné na cabeça e um bilhete de loteria na mão, no qual o número era visível. Este desenho tinha sido emoldurado e ficava na parede de nossa casa. Minha irmã me enviou uma foto dele. Veja, já um pouco desbotado!



Ao pressentir seu falecimento, lucidamente minha mãe fez um poema de despedida, aos 87 anos de idade. Depois eu o musiquei. Você, leitor/a pode conhecê-lo desde a primeira versão, no manuscrito dela (como se dizia: "de próprio punho"), até depois de virar música. Basta clicar aqui: 
O PÓDIO de MARY MONTEIRO QUITES
http://almirquites-arte.blogspot.com/2015/02/mary-monteiro-quites.html


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Canção de aniversário da minha infância


Meu pai, sempre que fosse dia de aniversário meu ou de minha irmã, colocava na eletrola o disco com esta canção. Nós nos acordávamos com esta música tocando bem alto.

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Comentários interessantes de familiares e amigos que recebi no Facebook


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