domingo, 25 de novembro de 2018

Nem falo da crise econômica

Por Almir M. Quites


Temos um sistema eleitoral que precisa ser corrigido. Não basta apresentar candidatos aos eleitores e fazê-los votar! Não devemos aceitar este sistema que sempre nos leva a escolher "o menos pior" no meio de uma sufocante e demente propaganda que apresenta os candidatos como se fossem mitos, semideuses, salvadores da Pátria! Não podemos continuar elegendo pessoas incompetentes para os mais altos cargos da República.


Apesar do ufanismo generalizado com a eleição de Bolsonaro, não devemos esquecer que a eleição foi, de novo, manipulada. 

O povo votou influenciado por informações falsas, criadas justamente para levar Haddad ao segundo turno contra Bolsonaro, este escolhido a dedo para ser derrotado por Haddad. Só que o PT subestimou a profunda rejeição a si próprio e a polarização eleitoral foi muito assimétrica. A fraude que muito provavelmente estava embutida nas urnas eletrônicas não tirou a diferença.

O artigo a seguir, publicado antes do primeiro turno da eleição, explica isto e mostra bem a que o povo foi submetido: 

Como você leu no artigo acima, o eleitorado não teve possibilidade de escolha entre todos os candidatos. O primeiro turno da eleição presidencial já foi feito com apenas dois candidatos e nenhum dos dois servia para assumir o cargo de Presidente do Brasil! Logo, o atual ufanismo com o novo presidente é mais frágil do que parece.

O país tem hoje 12,7 milhões de desempregados e mais 14,2 milhões de pessoas que desistiram de procurar trabalho — os chamados “desalentados”. Porém, o novo Presidente só poderá tratar deste e outros grandes problemas se conseguir assumir o governo de fato. Portanto, nem vou falar de economia, até porque a equipe econômica parece ser a parte mais competente do governo. Vou tratar aqui de desafios imediatos que o Presidente Jair Bolsonaro terá que enfrentar.

O próximo Presidente é imaturo, incapaz e petulante. Parece ser muito provável que ele "governe" como Lula e Dilma, isto é, fique criando factoides enquanto outros governam, mesmo sem ter a legitimidade eleitoral. Aí está o perigo! Quem serão os verdadeiros governantes? 

É muito provável que, aos poucos, os ufanistas de hoje caiam na realidade. Então, só os fanáticos continuarão com Bolsonaro, provavelmente justamente aqueles que já votaram em Lula devido ao mesmo fanatismo.

A realidade vai exigir um grande desgaste do governo já bem no inicio do mandato presidencial. Uma enorme quantidade de servidores públicos, empregados de estatais, de autarquias, sociedades de economia mista etc., tanto em nível estadual como federal, precisará ser demitida. Eles já vem das décadas de hegemonia petista e são muito bem articulados entre si. 

Antigamente, ao trocarem os governos, todos os que ocupavam estes cargos de confiança se demitiam por iniciativa própria, para dar liberdade ao novo governante para montar sua própria equipe. Hoje em dia, eles ficam articulando para continuar nos seus atuais cargos! A dignidade foi banida do comportamento individual da mesma forma que a verdade foi suprimida das campanhas eleitorais.

Se o novo governo não tiver a coragem de desalojá-los prontamente, em outras palavras, se Bolsonaro se acomodar como o atual presidente Michel Temer fez, ficará prisioneiro deles e acabará por fazer parte do mesmo esquema montado antes pelo PT.

Não basta a coragem e a determinação para demitir o pessoal dos escalões secundários e terciários do poder federal. Também é preciso saber escolher os novos ocupantes destes cargos com base na competência e principalmente na probidade! Estes órgãos são poderosos, possuem orçamentos e visibilidade que quase se equiparam ao de ministérios e conferem poder a seus titulares. Por isso, são alvo de cobiça de partidos e de outros aliados.

É preciso habilidade para estas tarefas, já que não há como anestesiar o sistema antes de fazer a cirurgia, que deve ser rápida e bem feita. 

Se a nova equipe falhar nisto, o futuro do novo governo estará  comprometido!

O Brasil não merece isso! 


𝓐𝓵𝓶𝓲𝓻 𝓠𝓾𝓲𝓽𝓮𝓼
A. Quites

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