quinta-feira, 2 de junho de 2016

Temo pelo governo Temer

Por Almir Quites - 01/06/2016


O governo Temer me preocupa.

Precisamos urgentemente conhecer um projeto de futuro, completo, abrangente, integrado, com objetivos, metas e cronograma. Sem isso parece que o governo improvisa ao sabor das pressões políticas e que não há planejamento. 

Começou mal... 

Parece-me que o presidente interino precisa urgentemente mudar a si mesmo, para depois tratar de mudar o país. 

Senhor Presidente TEMER, aponte para o futuro!
(http://almirquites.blogspot.com/2016/05/temer-aponte-para-o-futuro.html)

Nosso país parou no tempo há anos e parece que ninguém se deu conta. O Brasil é terra de ninguém. Precisamos retomá-lo urgentemente. O sistema político está podre. A renovação dos quadros deveria ser normal, permanente. Política não é profissão.

Precisamos de um planejamento de guerra, porque tudo é urgente. Não me venham dizer que o novo presidente precisa de mais tempo! Não há tempo a perder! Imagine que, numa guerra, um general assuma o posto de comandante geral das forças armadas e diga que precisa de um tempo para fazer os acordos políticos! Claro que perderia a guerra e sacrificaria a vida de seus compatriotas! Se o presidente Temer continuar agindo como se sua missão fosse apenas construir uma ponte até as eleições de 2018, estaremos perdidos!

Adequando a frase do estadista Francês Georges Clemenceau, afirmo: a administração de um país é de extrema importância para ser deixada somente para os políticos.

Gerir os recursos de uma nação inteira requer uma organização gigantesca e refinada, balizada por um processo de planejamento transparente, portanto, consubstanciado em planos e projetos publicados. Pessoas capacitadas, estudiosas, cultas, com habilitação técnica comprovada, de todas as áreas, devem ser recrutadas para participar deste processo, independentemente de questões irrelevantes como as de sexo, raça, ideologia, partido e grau de influência no atual momento político. 

Não dá para esquecer que a primeira intenção do governo Temer foi o de empossar, como Ministro da Ciência e Tecnologia, o bispo Marcos Pereira, adepto do Criacionismo Bíblico (um devaneio anticientífico), da Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo, o maior financista e empresário da fé do Brasil. Este foi o modo que o presidente Temer encontrou para acomodar o PRB (Partido Republicado Brasileiro) na Esplanada, o que evidencia as suas prioridades. A enorme repercussão negativa na comunidade científica fez o presidente interino desistir da ideia. 

Estou convencido de que, infelizmente, Temer não tem o perfil do estadista que o Brasil precisa neste momento de sua história. Temo que Michel Temer não seja inteligente, nem constitucionalista de fato. Há algum tempo tenho estado temeroso, matutando sobre isso, mas não tinha convicção. Discursos vagos, expressando apenas as obviedades, acenos para a câmera que o filma, preocupação com sua imagem pessoal etc. são detalhes que podem ser reveladores. Talvez ele precise de um assessoramento mais qualificado e influente. A questão é que ele não pensa assim, nem o admitiria!

Na primeira semana do governo, Temer apresentou à nação as suas duas agendas prioritárias: retomar o controle sobre a economia e negociar com o Congresso a definição de uma agenda de reformas estruturais. São dois desafios de proporções extraordinárias, especialmente na atual conjuntura política, num país falido. A dívida pública compromete o futuro próximo. O PIB neste ano vai cair cerca de 3% e precisaremos de um superávit primário de cerca de 3% do PIB nos anos seguintes para conseguir estabilizá-la, em níveis ainda razoáveis, lá por volta de 2024. Para isso, será preciso urgente, profunda e arrojada reforma nas previdências privada e pública, além de rijo controle dos gastos do governo, inclusive dos chamados programas sociais. Isto implica em alterações constitucionais. 

O estrago que os governos anteriores causaram foi muito grande! 

Por tudo isso, repito que Temer precisará de uma ajuda robusta das principais instituições nacionais. PMDB e PSDB deveriam arquitetar um projeto político nacional liderado pelas duas legendas. Poderia ser o gérmen de um processo mais amplo de nucleação de apoios institucionais de qualidade e peso voltado para a “reconstrução nacional”, que incluísse a reforma política e eleitoral, em bases que pudessem ser aprovadas pelos eleitores nas eleições de 2018. 

Não queremos que este fio de esperança se desvaneça! 

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A história se repete, por vezes.

Um exemplo de oratória e habilidade política, ocorrido há algum tempo na ONU fez sorrir toda a comunidade mundial ali presente.

Falava o representante de Israel na ONU:
- “Antes de começar o meu discurso, quero contar-lhes algo inédito sobre Moisés”.

Todos ficaram muito curiosos.

- "Quando Moisés golpeou a rocha com seu cajado e dela saiu água, pensou imediatamente: que boa oportunidade para tomar um banho!".

Tirou a roupa, deixou-a junto da pedra e entrou n´água. Quando acabou de banhar-se e quis vestir-se, sua roupa tinha sumido! Os palestinos haviam-na roubado”!

Nisso, um representante da Palestina, de pronto, levantou-se furioso e bradou:
- "Que mentira boba e descabida! Nem havia palestinos naquela época!!!"

O representante de Israel então sorriu e afirmou:

- "Muito bem... Então, agora que ficou bem claro quem chegou primeiro a este território e quem foram os invasores, posso enfim começar o meu discurso..."

Se um discurso semelhante fosse aplicado ao Brasil, seria mais ou menos assim:

Em 1979, os Governos Militares, depois de prepará-lo para um futuro brilhante, com uma grande infraestrutura produtiva, iniciaram a abertura política e se retiraram totalmente da área política, deixando inclusive uma Lei da Anistia, para perdoar até mesmo aos traidores da Pátria, entre eles muitos assassinos, sequestradores e assaltantes. Mas o PT roubou toda a minuta desses documentos!

Aqui, com certeza, uma voz petista, raivosa, diria: MAS EM 1.979 O PT NEM EXISTIA!

Então, podemos afirmar com absoluta certeza de que o PT nada fez para a Democratização e Abertura Política do País, nem para seu desenvolvimento, muito pelo contrário: CONDENOU-O AO ATRASO, À IGNORÂNCIA E AO CONFLITO ENTRE SEUS CIDADÃOS!

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